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sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

New year's eve.


Oláááá galere!
Depois dessa linda introdução da linda Zooey e do lindo Joseph cantando uma linda canção, voltei pra contar minha não-tão-linda experiência de New Year's Eve na Inglaterra (já começou empolgante, né? Só que não.)

Bom, como eu já cansei de escrever aqui e vocês provavelmente já cansaram de ler, eu passei todas as minhas férias de Natal na casa do meu namorado, em Alcester, por mais que a maioria das pessoas achem loucura. Mas não se preocupem, que meu mês de janeiro vai ser pura viagem. Já cansei só de tanto planejar, planejar e planejar.

Enfim, foco.
New Year's Eve parecia longe demais pra planejamento. E eu e o namorado estávamos pobres demais pra qualquer coisa elaborada (ele mais que eu, mas meu dinheiro está sendo devidamente economizado para futuras viagens). A ideia inicial era Escócia. Depois Londres. Depois País de Gales. Depois o dinheiro acabou e nós ficamos com as injustas opções de: ficar em casa com os avós, ficar em casa com o padrasto ou beber no pub local com orçamento limitado. Oh well, noves fora zero, partimos para o pub. Porque ficar em casa sem Show da Virada não dá, né, gente, como eu iria sobreviver (sqn!).

Gente, preciso dar detalhes sobre toda essa vida de pubs locais. Pubs locais são mara! As pessoas se conhecem, se divertem, ficam bêbadas juntas, compartilham cigarros e passam frio juntinhos na área de fumantes. Os ingleses bêbados são uma maravilha, calorosos, engraçados e nem se importam se você não consegue captar metade das ébrias frases pronunciadas contando que você dê aquele sorrisinho e um "nodding" (existe alguma palavra em português para esse movimento de afirmação feito com a cabeça? Eu não tô sendo esnobe no inglês não, gente, eu só não consigo pensar numa palavra melhor, tá?). Enfim, pubs locais = amor. Nesse caso em específico foi ainda mais engraçado, porque é o pub local do condado do namorado. Ou seja, todo mundo o conhece e, por conseguinte, eu sou apresentada para metade das pessoas. Engraçadíssimo. Especialmente quando você tem que explicar several times que você não é americana, é apenas uma brasileira que aprendeu inglês americano antes de vir para a Inglaterra (e juro, meu Brazilian accent é bem fortinho...).
Mas gente? Por que que eu estou sendo tão prolixa hoje, pelamor! Me perdoem, mas deve ser porque não tem muito mais o que contar... nem fotos eu tirei!

O que aconteceu no meu 31 de dezembro caberia em um parágrago: cheguei na casa do padrasto do meu namorado, onde a gente ficou conversando um tempinho. De lá, fomos pra casa do amigo do boy, para que os dois juntos pudessem consertar meu ex-falecido celular.Mas aqui cabem parênteses, gente, porque o que aconteceu com meu pobre samsung galaxy s3 foi trágico e cômico, e merece uma dissertação.

Acontece que eu passei todas as férias de Natal me gabando do meu intacto celular com o boy e o irmão, que têm o mesmo aparelho, mas em condições precárias, vidro quebrado e LCD ferrado, etc. Mas aí na volta do pub onde nós todos passamos o Xmas Day, eu, saindo do carro em direção à casa, deixei o celular cair no chão com a tela virada pra baixo. Claro que a tela trincou, e eu, desesperada e consciente de que o boy poderia consertar isso facilmente se eu comprasse a tela no ebay, fiz o pedido online. Quando a tela chegou e o menino foi trabalhar no replacement, adivinhem? Tentando trocar a tela de vidro, ele rasgou minha tela LCD. Ê, lerê!!! Depois de uns quinze minutos em choque, chorando pelo recente falecimento do meu bebê, decidi dar mais uma chance às - aparentemente não tão maravilhosas - habilidades de conserto do namorado, e comprei - gastando muito mais que o pretendido - um novo LCD para ele trocar. Era isso que ele estava fazendo na casa do amigo dele, no último dia do ano, algumas horas antes da virada. Ele conseguiu e meu celular está funcional de novo (apesar de, bêbada no pub horas depois, eu deixei o celular cair novamente e a tela trincou de novo, risos. Claro que eu não vou nem tentar consertar dessa vez.)

Enfim, da casa do amigo, fomos pra casa do padrasto começar a beber. E da casa do padrasto para o pub, beber. E no pub - que estava em noite de karaokê - eu bebi, dancei com inglesas gipsies (que vivem viajando por aí e pousando de flor em flor pub em pub) vestidas com roupas digamos que... peculiares, ouvi o namorado cantar Blink 182 no palco (e ri), bebi, bebi e bebi. 
Gente, eu não sou fraca pra bebida, juro... contanto que eu não misture. Mas considerando que eu estava pobre e queria passar a virada pelo menos alegre, misturei conscientemente. Tinha começado com Champagne na casa do padrasto, engatei com Guiness, malibu w/ coke, Amaretto e, por fim, um último shot de uma coisa rosa way too sweet pro meu gosto, que um conhecido do namorado fez questão de comprar para todos nós. Uma última rodada por conta dos outros, por mais que eu esteja bêbada e já com um pé na direção do PT, não há como negar. Dá-lhe shots! O resultado não poderia ser outro...

Quando deu meia noite fomos todos pro palco, cruzamos os braços, demos as mãos uns aos outros e.... Auld Lang Syne (assistam o vídeo a seguir se vocês não sabem do que eu tô falando).


Notam a empolgação das pessoas cantando essa músiquinha tradicional da Irlanda? Pois então, esse é o feeling. Nada de pular sete ondinhas ou fazer oferenda pra Iemanjá, a parada aqui é dar as mãos e cantar uma música mais velha que nossos avós com cara de enterro. Weee, revéillon! 

Depois de toda essa emoção, só queria comer alguma coisa bem gorda (que é pra honrar minha primeira resolução de todos os anos - emagrecer) e ir pra casa. Todos os takeaways estavam fechados (damn!), então só nos restou ir pra casa, dormir e... opa, banheiro. Dormir... e banheiro!!! Dormir e... guess what? Não parei com essa rotina até que todas as últimas gotas de álcool cor-de-rosa (e possivelmente algumas outras misturebas) saíssem do meu corpitcho. 
E no dia seguinte? Minha nossa... 
Happy new year, I guess. Hahaha!

Acontece que - como já escrevi em todas as redes sociais possíveis - depois dessa dancinha com as mãos, musiquinha deprê e PT no ano novo, quero retornar às origens. Quero pão com manteiga no café da manhã, arroz com feijão no almoço e pular sete ondinhas na virada. Chega de English experience, gente, meu fígado não suporta tanta distensão! 

ntão, para botar um ponto final no ano - maravilhoso - que passou e abrir as portas para 2014 (que será tão maravilhoso quanto, amém), eis aqui a minha lista de resoluções, para vocês: 

E sobre mim vocês podem ter certeza de uma coisa: resoluções de ano novo são resoluções cumpridas. 
Agora, só para dar um adeuzinho mais elaborado pra vocês, deixo aqui um textículo velhinho, velhinho... escrito dois anos atrás e que está perdido entremeio à poeira do meu outro blog. Um poeminha de ano novo:

- superação;


De todos os votos que pairam em nebulosa na aura do ano que vai chegar, esse é o meu desejo.
Quero intensidade
Vontade
Quero mais.
Superação ao recuperar e superação ao acrescentar. 
Superar as dúvidas, mágoas, ódio e o rancor.
Superar o amor. 
E o desamor.
Superar em número de amizades.
Gargalhadas.
E que as lágrimas nossas de cada dia caiam por não caber em tanta alegria. 
Superar as pessoas que ferem por indiferença.
As que ferem por frieza.
As que ferem.
E às que não ferem, minha gratidão.  
Quero mais riqueza.
Alma, corpo, espírito.
Matéria.
E de todos os desejos, de todos que desejam.
Realização. 

Revéillon 2008 - 2009
Revéillon 2010 - 2011 <3

Happy New Year everyone!
And may 2014 be so kind to be as - or even more - blessed as the last year for us all!

xxxx

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Xmas eve, xmas day and boxing day!

Hello everybody! So long no talk!!!

Pois é, peço minhas desculpas, mas mal tenho usado o laptop nessas férias. Férias? Sim, férias. E por que eu não estou viajando pelo mundo e conhecendo outros países? Porque eu decidi passar essas 3 semanas de Christmas break com o meu namorado, apenas.
Cheguei aqui em Alcester dia 16 de dezembro, ou seja, duas semanas atrás, e estou aqui desde então. Não tenho muito de animador pra contar pra vocês (desculpem se meu intercâmbio não tem sido um belo modelo de turismo sem fronteiras hahaha), então eu simplesmente não tenho por que escrever muito :)
Claro que eu ainda tenho uns posts pendurados no esqueleto pra vocês: sobre as maravilhas gastronômicas que eu provei, sobre o planejamento das minhas viagens, sobre a faculdade e tudo mais. Prometo que todos eles sairão!

Hoje eu vim aqui escrever rapidinho sobre as tradições britânicas nas comemorações do Natal!
Como vocês já sabem, passei o Natal com a família do amorzinho. De britânicos eles não são pouco, meus caros, eles são extremamente, absurdamente, espantosamente... ingleses. Então foi sim uma experiência um tanto quanto inovadora, passar essa data festiva aqui, no mundinho deles. Vocês querem saber todos os detalhes? Vamos lá!

Boy juding me.
Rudolph!!! 
Antes de mais nada, eu preciso deixar claro que, vinda de uma família extremamente unida, feliz e católica, eu notei sim muitas diferenças. A começar pela troca de presentes, que aqui é uma coisa importante nas comemorações... quase como uma obrigação social. Obviamente ninguém vai virar na sua cara e gritar "HEY, CADÊ MEU PRESENTE, YA CHEEKY BASTARD!", mas essa reclamação estará sim implícita. E, olha, alguns até falam isso na cara, sem sacanagem. 
Então, rios de pounds gastos em presentes para toda a sua família e amigos mais chegados (que podem ser qualquer coisa, na realidade, de gel para banho a garrafas de bebida alcoólica, contando que sejam presentes). Confesso que essa foi uma surpresa pra mim. Na minha família ninguém dá muita importância pros presentes (exceto pelas crianças, óbvio), então comprar presentes nunca teve um tom tão "obrigatório" pra mim quanto dessa vez. Não gostei. Mesmo. 
No final das contas, além do presente do meu namorado, eu comprei presente pros avós, padrasto, irmãos e até a ex-mulher do ex-padrasto (que não é a mãe dele), mas que por ser tão simpática e me acolher tão bem, me senti na obrigação.
E, claro, ganhei presentes (muitos!), o que me fez me sentir ainda mais sem graça (não sou muito boa em aceitar coisas dos outros).
Da minha mãe, eu ganhei um e-book reader (escolhi o Kobo ao Kindle, e não me arrependi), que eu mesma escolhi e comprei. Basicamente, eu, apesar de ser apaixonada por livros físicos, não posso sair comprando um milhão de paperbacks na Inglaterra, sabendo que eles são caros e que eu tenho um limite de bagagem na hora de voltar pra casa. Comprei o reader e foi a melhor coisa que eu adquiri nesse intercâmbio (depois da minha câmera, óbvio).
Do namorado, ganhei um cordão com um pingente lindo de cristal Swarovski, os avós me deram um onesie (clique aqui se você não tem ideia do que é um onesie. O meu é exatamente o mesmo desse aqui.) em animal print, um lenço em animal print, dois braceletes azuis lindos e..... um violão. Um violão! 

<3 Swarovski <3
Awn :3
Kobo! Melhor investimento ever :) 
Violão que os avós do boy me deram! Demais!
Pois é, acontece que em uma noite que o boy foi pra night e eu resolvi ficar com os avós, conversando com eles, falei que iria comprar um violão de presente de Natal da minha mãe, porque eu estou com muito tempo livre e quero aprender a tocar. Foi tudo o que bastou pra eu ganhar um deles. Honestamente, não sabia nem onde enfiar a cara (sou dessas).
Também ganhei uma garrafa de vinho de um dos irmãos e uma garrafa de champagne da ex-mulher do ex-padrasto. 


As diferenças entre Christmas eve, day e Boxing day: esses são, respectivamente, a noite do dia 24, o dia 25 e o dia 26 de dezembro. Diferentemente dos brasileiros, em geral, que comemoram o dia 24 e 25, os britânicos comemoram mais o 25 e 26. Então no dia 24 eu fiz.... nada. Na verdade, apenas entrei no Skype pra comemorar com a minha família, e foi isso. 




Ah! E aparentemente, à meia noite do dia 24 pro 25, o filho mais velho da família pode abrir um presente. Ai, ai, ai, tradições britânicas... 

No dia 25 é dia de abrir os presentes pela manhã, e comer o dia inteiro. Peru de Natal, repolho roxo com molho de cranberries, o famoso mulled wine (vinho quente com especiarias), mince pies, queijo com biscoito, e coisas esquisitas que brasileiros jamais comeriam. 

Porém, nós (eu, boy, avós, padrasto, irmão mais novo e cachorrinha) fomos almoçar em um pub. Sim, um pub.


Eu, boy, os avós, Sophie (a Chihuahua), o irmão e o padrasto, todos com a coroinha que vem no cracker.
Foi uma three course meal: eu tive uma sopa com pão e manteiga como starter, muito boa por sinal, peru de com vegetais como main, e cheesecake para sobremesa. Mulled wine, white whine, red whine, café, mince pies, etc etc etc. No final da tarde, não conseguia nem levantar da cadeira de tão gorda.
No mesmo dia mais tarde, eu e o boy fomos pra casa do padrasto, onde os irmãos foram jogar xbox, eu fui ler, e no final estávamos todos bebendo litros de vinho, ficando bêbados e comendo pizza. Geração saúde!
Dormimos lá, e no dia 26, boxing day, a família se reuniu para comer as comidas típicas do dia: pão de sal com peru e presunto, pork pie, queijo e biscoito, mais vinho, mais vinho, mais vinho. No final da noite, depois de mais xbox e mais livro, nos juntamos todos (eu, padrasto, boy e 2 irmãos) para jogar Trivial Pursuit. É claro que a única mulher da mesa, a única estrangeira da mesa, ganhou o jogo sobre conhecimentos gerais... em inglês. Hell yea, raça superior! E depois, baralho!
Dormimos lá (again), e no dia seguinte nós saímos para almoçar em um... pub. All you can eat de legumes, fartura de carne e molhos, etc. Depois, os meninos foram jogar sinuca e eu... celular. Mas antes disso o namorado conseguiu um bichinho de pelúcia naquelas máquinas, sabe? Então eu estava feliz e contente. Sem reclamações! Quando chegamos em casa, adivinhem? Xbox, livro, pub! Beber, beber, beber, dormir... e ir pra casa, finalmente!

O famoso cracker: esse tubo de papel é tradicional no Natal inglês. Esse tem o formato de um bombom, e pra abrir deve ser puxado por duas pessoas. Ele vai fazer um som de estalo e uma das abinhas do bombom vai sair, deixando um buraco para o interior do cracker. Dentro dele, geralmente, tem uns brinquedinhos de plástico toscos, um papelzinho com uma piada e uma coroinha de papel, que é usada na hora do rango.
Esqueci de tirar foto da minha sopa. Esse é o main dish: turkey and vegetables!
Red cabbage with cranberry sauce.
Raspberry cheesecake and cream.
Mince pies! Tortinhas com recheio de fruta.
E foi isso! 
Pedindo novamente desculpas pelo abandono, espero que vocês curtam o post!
Como sempre, muchas gracias pelo prestígio! 
Beijocas e até!
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