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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Broadway tower, Worcestershire.

Oi de novo!

Vim hoje contar de um passeio que eu fiz sábado passado, com o namorado e a família dele, para Broadway Tower (e já aviso logo que a maioria das fotos que eu vou usar nesse post são da câmera e autoria dele, já que a minha deu pane no fim de semana do passeio).

Google disponibilizou lindo. 
A tal da Broadway Tower foi construída no século XVIII, em um lugar especificamente selecionado por uma Lady mimada, que desejava ver as luzes festivas (beacons) de casa (que ficava a mais de 30km de distância). Enfim, a casa no formado de um castelinho foi construída em um beacon hill e a madame teve seus anseios alcançados. Ricos e suas extravagâncias... 
Essa colina até hoje fica no meio do nada, no distrito de Worcestershire. 
Depois da Lady Coventry, alguns anos depois, o local foi "casa de campo" para artistas hipsters, como William Morris e Edward Burne-Jones (que eu honestamente não sei quem são, mas eu acabei de ler isso na Wikipedia para escrever aqui, e imagino que isso possa significar algo para algum dos leitores. Perdão pela ignorância).

Como meu namorado mora no county vizinho, em cerca de meia horinha de carro nós chegamos ao destino, em tempo de ver o pôr-do-sol. 
Bom, o que tem lá? 
Tem um café extremamente aconchegante ao pé da colina, com direito a lareira e tudo; tem uma lojinha no térreo da torre que vende todos os tipos de souvenirs, além de snacks; e tem a torre propriamente dita.
Além disso, nas redondezas, há um memorial construído para a tripulação do bombardeiro A.W.38 Whitley, que caíu durante uma missão de treinamento em 1943, e o mais legal de tudo: um bunker nuclear (que infelizmente não deu pra eu ir, porque já era tarde e a última leva de pessoas já tinha ido)!

Enfim, sobre a "torre" (vou chamar assim, mesmo sabendo que era uma casa na verdade, só pela tradução literal do nome, pode?). 
Para subir ao topo, tem que pagar cerca de £5 (estudante tem desconto, mas eu não me lembro exatamente quanto foi porque o namorado pagou a minha). E com tudo pago, você pode então subir as escadas até o topo (trívia: as escadas definitivamente não foram projetadas para pessoas altas hahaha).

Cada andar tinha uma micro-exposição, de arte, de cultura, da história da torre, de tudo. Confesso que fui preguiçosa mesmo e nem liguei pra isso. Fui direto pro topo da torre, de onde eu queria porque queria ver o pôr-do-sol abraçadinha com o namorado, num clima bem mulherzinha mesmo. Fazer o quê, o estrogênio rola solto nesse corpitcho. E assim o fiz!
Quanto às fotos que eu posto aqui em baixo, atentem para a legenda: assim você vai saber se elas são do Google, da câmera do boy ou do meu celular!

Celular.
Celular.
Sim, engordei. Não precisa ficar lembrando. (Celular)
Bf's camera.
Sendo fofos. Impressionantemente encontramos um ser humano capaz de tirar uma boa foto pra gente. (Bf's)
Segundo pôr-do-sol mais lindo do mundo. O primeiro é o do Arpoador, claro. (Celular)
Não sei me comportar com flash, gente. Descendo as escadarias (Bf's camera).
#chateada (Bf's camera).
A foto é de autoria do namorado, e eu recalquei baldes.
Foto do meu celular, depois do pôr-do-sol. As cores do céu estavam maravilhosas.
Tentei tirar uma panorâmica do topo da torre, gente, tentei. Valorizem! (do celular)
Trívia: quando eu estava descendo as escadas, resolvi passar pelos andares só pra dizer, né? O pouco que eu li falava mais de um posto de observação durante a Segunda Guerra Mundial, então pra mim, era aquilo que a torre era. Quando nós vimos uma lareira em um dos andares, o namorado virou pra mim e falou "poxa, isso realmente era uma residência, tem até lareira", e eu toda "aff, seu burro, claro que não. Quem ia morar no meio do nada, isso aqui era um posto de observação!", e ele "AÉ, VAMOS VER". Quando chegamos ao térreo novamente, perguntei pro senhor atendente da lojinha (uma simpatia, diga-se de passagem... quando eu cheguei lá quase morta com hipotermia, ele saiu da cadeira dele e me ofereceu o assento, que ficava estrategicamente posicionado na frente do aquecedor)... mas como eu ia dizendo, perguntei a ele se aquilo era realmente uma residência. Aí ele (engraçadinho) olhou pra mim e falou "você não leu nada do que estava escrito nas exposições, mocinha?" e eu toda "rsssssssssssssssss não". E ele, de fato, confirmou que aquilo era uma residência, e que o tal posto de observação era nas redondezas. E o namorado me zoou para o resto da eternidade.
Enfim, é irrelevante, mas só queria compartilhar isso e recomendar "leiam as placas informativas, mocinhos".

Anyway, o lugar é maravilhoso!
É um buraco no meio do nada, mas é lindo, frio pra caralho, neva no inverno, tem veadinhos passeando pelas redondezas e ainda dá pra tomar um cafézinho. Acho até que tem pousada por lá.
Se vocês passarem por perto, recomendo muitíssimo! 

Beijocas pra todos, 
xxxxx.

domingo, 1 de dezembro de 2013

London, England (parte 2).


Ah, Londres! 
A linda e encantada Londres.

Quando botei meus olhos em Baker Street, ainda dentro do ônibus que me levava ao destino final, senti meu coração descompassar por um segundo. Estava onde os sonhos do mundo se cruzam, sonhos de uma vida londrina, sonhos urbanos, sonhos, sonhos... 

Senti-me como uma criança que soltou as mãos dos pais e não os encontrou novamente. Um misto de encantamento e desespero, de rir e chorar, de Inglaterra e o mundo inteiro. É o mundo inteiro, Londres. 

Como CSFista, agora lhes falo. Londres tem seus pros, Londres tem seus cons.
Tendo passado cinco dias na capital da Inglaterra, fiquei espantada por não me sentir conectada com o lugar nem mesmo por cinco minutos. Sentada na cozinha do alojamento do meu amigo, eu não me sentia como se estivesse na mesma cidade em que Vossa Majestade, a Rainha, receve seus convidados para um cuppa
"Se você é daqueles que precisa de auto-afirmação o tempo todo", disse meu amigo, "Londres não é seu ambiente". Mas não é bem auto-afirmação, ao que me refiro... de fato, para quem depende da opinião dos outros para levar a vida, a Inglaterra não é uma boa escolha. Ninguém se importa, e aos meus olhos isso é uma bênção. Mas em Londres eu simplesmente não me senti conectada

É difícil explicar, mas imaginem que eu me senti em uma nova realidade a cada vez que eu saia do metrô. É uma grande contradição, essa cidade que é completamente ligada úneis e, ao mesmo tempo, nem um pouco conectada. É tudo diferente. Não sei se eu estou fazendo sentido... mas é que Londres não é pra mim... 

Porém devo admitir: quando saí do metrô em direção ao Big Ben e London Eye, e vi aqueles grandes cartões postais em frente aos meus olhos, não pude deixar de estremecer um pouquinho. Eu estou morando aqui, na Inglaterra, e esse país, sim, é pra mim. 

Enquanto perambulava pelas ruas da cidade, por muitas vezes me arrependi de não ter escolhido alguma universidade de lá. Mais dinheiro (o custo de vida não é tão maior que o de Manchester), mais oportunidades, mais opções de turismo, mais um monte de coisa. Mas os menos são maiores em importância pra mim: menos ingleses (por mais estranho que isso possa parecer), menos participação no lugar em que vive, menos "carinho" por assim dizer. Eu gosto de poder andar até a minha faculdade, gosto do alojamento onde eu moro, gosto de poder sentir a cidade na minha pele, de me sentir uma moradora da grande Manchester, e de conviver com britânicos. Não vejo ponto em me mudar para um determinado país e não ter a completa experiência de SER esse país. Eu moro em Manchester, eu sou Manchester e eu adoro esse lugar.
Londres simplesmente não me deu essa sensação.

Enfim, eu sei que esse post é inútil em um monte de aspectos, mas eu achei que talvez fosse interessante pra quem ainda tem a possibilidade de escolher uma opção de universidade. A minha dica final, pois, é: se você procura uma full English experience, Londres não é o lugar. Mas se você quer ter a experiência de ter o mundo inteiro ao seu alcance, go for it.

xxx