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domingo, 25 de janeiro de 2015

Culinária sem fronteiras: VERY YUMMY AND FLUFFY AMERICAN PANCAKES!



Antes de qualquer coisa preciso dizer que já testei algumas receitas para o "prato" em questão, todas me presentearam com saborosas panquecas; mas essa aí embaixo, testada no primeiro dia de 2015 e aprovada por toda a família, me alegrou com as panquecas mais fofinhas, deliciosas e bem-sucedidas de todas!

Obs.: é necessário alertar que sou APAIXONADA por comida/culinária, portanto, não se assustem com os adjetivos exagerados para o assunto em pauta.

Finalmente, A RECEITA!

Rendimento: algo em torno de 8 panquecas de tamanho mediano.

  • INGREDIENTES
- 1 xícara e meia de leite de vaca (desnatado ou não);
- 1/4 de xícara de vinagre branco (parece estranho, mas confie em mim!);
- 2 ovos;
- 1/4 de xícara de manteiga derretida
- 2 xícaras de farinha de trigo;
- 1/4 de xícara de açúcar cristal;
- 2 colheres de chá de fermento em pó;
- 1 colher de chá de bicarbonato;
- 1 colher de chá de sal;
- 1 colher de chá de essência de baunilha.

  • MÃOS NA MASSA
- Em uma tigela razoavelmente grande coloque o leite e o vinagre: deixe de lado por uns 5 minutos (o tempo que leva para o leite "azedar" - do not fear! - é isso que vai deixar as panquecas fofinhas);
- Em outra tigela combine: farinha, açúcar, fermento, bicarbonato e sal. 
- Misture os ovos, a manteiga derretida e a essência de baunilha com o leite "azedo";
- Junte os ingredientes secos aos molhados;
- ATENÇÃO: nesse momento deve-se tomar cuidado, se você misturar muito, a massa vai ficar líquida demais e ao colocar na frigeira ela vai se espalhar toda - o ideal é misturar até que os ingredientes secos e molhados se integrem, mas não é necessário que a massa fique completamente homogênea;
- Unte uma frigideira (preferencialmente anti-aderente- facilita a vida) com manteiga (usando papel toalha mesmo) e a aqueça em fogo médio; coloque 1/4 de xícara de massa na frigideira e novamente, ATENÇÃO - quando bolhinhas surgirem na superfície da panqueca e as bordas começarem a ficar marrons é hora de virá-la com uma espátula - sem medo! Eu, mesmo sendo super desastrada, consigo. Deixe o outro lado ficar marrom e... PRONTO! 

Como no Brasil é difícil achar maple syrup, me acostumei a comer panquecas com mel e frutinhas picadas. Fica uma delícia! Manteiga também é uma boa pedida - por lá (EUA) eles geralmente colocam manteiga e syrup. Você também pode chutar o balde e passar nutella, leite condensado e afins! 

Sr. Thomas e as panquecas (baby brother... not so baby anymore)!

Eu tentando ser fofa <3 Como? Coloque um pouco de massa num saquinho, faça um furinho na ponta e desenhe o que quiser na frigideira; espere uns segundos e coloque 1/4 de xícara de massa por cima - o resultado é esse aí!

 Agora, quem é essa doida da receita? Nicole Luperini, 23 anos, estudante do 4o ano de medicina. Apaixonada por:
- Culinária;
- Palavras (sejam elas escritas por mim ou pelos outros);
- Doenças infecciosas;
- NYC, San Francisco e Estados Unidos no geral;
- Viagens e...
- Comida de novo! 
Uma combinação um tanto quanto estranha, hei de convir. 
 Morei 12 meses em Nova Iorque pelo Ciência sem Fronteiras - e foi o melhor ano da minha vida (so far, espero eu)! 
 E o que eu tenho a ver com a Rayra? Ela foi a primeira pessoa que conheci quando me mudei para o Rio (sou do interior de São Paulo, sem julgamentos para o meu sotaque), e se tornou uma de minhas melhores e mais queridas amigas. Fiquei muito feliz quando, hoje à tarde, recebi o convite para escrever receitas por aqui... Espero que gostem! 

Ps.: se quiserem receita de algum prato específico, ficarei feliz em ajudar e, se eu nunca tiver feito, ficarei mais feliz ainda em procurar uma receita e testá-la pra vocês.

XOXO (pra soar mais nova iorquino... a la gossip girls)

Beijos




quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Human Biology and Infectious Diseases e Medicina: compensa?

Enrolei muitão pra escrever esse post, né, gente? Mas antes tarde do que mais tarde, não é o que dizem? Pois então, hoje, a pedido de muitos, incontáveis estudantes de Medicina interessados na Uni of Salford, eu vim contar sobre a minha experiência com o curso que eu escolhi: Human Biology and Infectious Diseases (HBID).

Featuring: cara de bolacha.
Como vocês podem ler aqui e aqui, eu tive motivos o suficiente e expectativas mil para esse curso. Eu sempre fui encantada por doenças infecciosas, infectologia era (e ainda é) uma grande opção de residência e a perspectiva de passar um ano estudando só isso era surreal. Fui mega animada achando que ia terminar meu ano de intercâmbio praticamente com um título de especialista em infecto... oh well... about that... o que eu não imaginava era que o curso em si não era tão aprofundado quanto eu pensei. E não tão voltado à biologia humana assim. Mas vamos tópico por tópico?

 
Sala de aula: até aquecedor pro pezinho rola. 
No 3º ano de Human Biology and Infectious Diseases, eu cursei cinco disciplinas, e vocês podem ler a descrição oficial delas aqui, é só clicar na tab "Course Details". Eu vou dar a minha própria descrição aqui e já vou logo avisando: elas não vão ser as mais encorajadoras.

1. Advances in Pathophysiology

Nessa matéria eu passei o ano inteiro estudando duas coisas: DPOC e Asma. Sério, o ano inteiro.
A professora da disciplina era a Drª Lucy Smyth, super britânica, e as aulas eram às segundas-feiras. Então a minha primeira aula de todas na University of Salford foi exatamente dessa disciplina. E eu lembro bem que a primeira aula foi uma revisão do ano anterior... e a revisão era de que? Fisiologia cardíaca. O que me lembra que tem um causo pra contar...

 
Spotted: Profª Drª Lucy Smyth.
Bom, na primeira parte da aula a professora estava lá, com o super multimídia dela, distribuindo controles remotos para cada aluno para a gente responder os questionários que ela passava no quadro como se nós estivéssemos na plateia do Domingão do Faustão, dando nota pro Dança dos Famosos. Sério. Altas tecnologias.
Mas enfim. Vocês podem imaginar que uma estudante de Medicina, que terminou o 8º período, já passou por fisiologia 1, 2 e Cardio na faculdade, de modo que pelo menos o básico de fisio cardíaca eu sabia. O que ela estava falando na aula, eu sabia... em português. Mas as denominações em inglês eram coisas novas pra mim, então eu tive a *brilhante* ideia de ir conversar com a Lucy no intervalo.
"Hey, sorry to bother you so early, but I'm Rayra, a Science Without Borders student... don't know if you heard of it yet. Anyway, I'm a medical student, and I've studied all of this, but I'm having huge trouble with the names in English... do you have any books or references to recommend so I can catch up with the terms?" 
Ah, mas pra que. Na segunda parte da aula, acho que a professora meio que resolveu botar meu conhecimento e minha "cockiness" à prova, e começou a fazer as perguntas diretamente pra mim. Teve uma hora que ela simplesmente botou o pointer na minha mão e falou: aponta qualquer estrutura e dê o nome. Eu, com o cu na mão, consegui apontar o Nodo Sino-Atrial e dar o nome... todo cagado. "Sinoatrial.............node?" "Yes, that's right, sainoeitrial node". E foi assim que minha cara foi no chão. Mas EU AVISEI que não sabia os nomes em inglês, bosta. #chateada]

Prática de cardio, em que a gente teve que reconhecer as estruturas em um coração... de veado.
Tá, mas back to our goats, depois de passada as revisões de fisiologia cardiorrespiratória, começou o que seria a matéria real: Asma e DPOC. Fisiologia, métodos e exames diagnósticos, como fazer e interpretar os resultados de uma espirometria, visitas facultativas a um hospital, uma prática de fisiologia respiratória no exercício, e um trabalhinho em grupo. O que aliás, me lembra de outro causo...
Mr Potter fazia aula conosco, mas era o Mr Potter errado.  
Enfisema Emphysema ft. Skittles!
Graças à viagem de campo de Biology of Parasites (que eu vou contar mais abaixo), eu fiz amizades na sala de aula, e eu não fiquei sozinha pra fazer grupo. O trabalho era basicamente interpretar um caso clínico e dar o diagnóstico... mas vejam bem, só tinham dois diagnósticos possíveis: DPOC ou asma. Acontece que eu, como única estudante de Medicina da turma, resolvi que meu grupo deveria seguir um raciocínio médico: listar os problemas, dar diagnósticos anatômico, sindrômico, diferencial e hipótese diagnóstica, considerando toda a gama de doenças possíveis, inclusive (e principalmente) doenças infecciosas. Eu lembro bem de que o cara tinha um fator de risco ocupacional, inclusive. Enfim, os meninos (dois Allan's, diga-se de passagem) concordaram comigo, nós fomos o único grupo a dar diagnósticos diferenciais tão extremos como Tuberculose e Esporotricose, e também fomos o grupo a tirar a maior nota da sala: 80!
Eu acabei fazendo o meu Summer Placement também nessa área, mas isso eu conto em outro post.

Eu e Manu trabalhando duro no Summer placement.
2. Clinical Immunology

Tá, é hora de começar a admitir as furadas do intercâmbio. Minha assiduidade nas aulas de imunologia foram um tanto quanto... peculiares. Mas tem explicação.
Primeiramente, eu já havia passado por imunologia na Unirio e, diga-se de passagem, a imunologia por aqui é bem aprofundada e bem foda de passar. Não é como se eu me lembrasse de muita coisa, mas eu lembrava o suficiente pra passar na matéria sem ir nas aulas teóricas.
O foda foi as práticas. Eu me lembro bem, minha primeira aula prática de imunologia, eu e a Beatriz (que também fazia o mesmo curso que eu), com um livro de instruções pra fazer nem-lembro-o-que e eu, que não sabia nem pipetar, mais perdida que filho da p*ta em dia dos pais. Fui até o professor, Dr. Stephen Heath e pedi ajuda. Disse que eu era estudante de medicina, que no Brasil nós não tínhamos aulas práticas em laboratório, se ele podia me ajudar. O cara simplesmente olhou pra mim de cima pra baixo e me perguntou o que eu estava fazendo no terceiro ano de HBID se eu não conseguia nem pipetar. Falou que eu deveria voltar pro primeiro ano ou pagar à parte pra fazer um curso, porque ele não me ajudaria. Escroto pra cara**o.

Primeira lab class: feliz da vida pegando em uma pipeta.
Não preciso dizer que a gente não conseguiu terminar o experimento à tempo, nossos resultados foram um lixo, eu me senti um lixo e tomei raivinha da matéria né. Não fui mais às aulas práticas, tentei desfazer minha matrícula na disciplina, mas não deu... enfim. Fiz os trabalhos (não todos), e passei na matéria no final, e isso é que importa.

Eu ri pra não chorar.
Naquela tal viagem de campo eu descobri que o Dr Stephen Heath não é tão babaca quanto ele parece. Mas que deu raiva, deu.

3. Veterinary and Zoonotic Infectious Diseases

Doenças infecciosas zoonóticas e veterinárias. Veterinárias... VETERINÁRIAS. É tudo o que eu lembro dessa matéria. Juro pra vocês gente, depois que eu tive uma aula sobre tuberculose bovina, eu meio que me desestimulei da matéria. Como vocês podem ver, muitas coisinhas me desestimularam do curso no fim do dia.
Pra vocês terem uma ideia, o trabalho em grupo que eu tive que apresentar em VZID (que, aliás, eu não fiquei sem grupo graças à mesma viagem pra Malham que eu já mencionei trezentas vezes), foi sobre os parasitas do panda gigante. Sério, gente, que estudante de Medicina na vida ia querer fazer uma trabalho sobre isso. Que se dane o panda, gente, eu quero é cuidar de gente! Fiquei muito frustrada, de verdade.

4. Medical and Public Health Microbiology

Ah, o professor de MPHM era muito engraçadinho, gente! Aliás, eram dois: Dr. Richard Birtles e a mocinha, mas eu esqueci o nome dela.
A aula era pura microbiologia, e é por isso que eu fiquei meio sem saco no final das contas, porque, né, já tinha estudado tudo e passado na matéria no Brasil, meio que não queria estudar isso de novo. O que eu me lembro de todas as aulas foi quando ele comparou a sogra dele com uma vaca, e falou que nós temos 10 bactérias pra cada célula do nosso corpo. Cara, é bactéria pra cac*te.
As aulas práticas também foram muito daora. A gente teve que fazer cultura de bactérias do nosso ambiente e microbiota em diferentes meios, e isso é uma parada que eu não tinha feito no Brasil. Aliás, crescer cultura, corar culturas e fazer antibiograma, coisas muito legais que eu queria poder fazer de novo! Meu par nessa prática foi o Thiago, brazuca, CSFer e estudando farmácia, então o que eu não sabia, ele me ensinou! Foi bem legal mesmo!

Status: apaixonada pelos meus cocos Gram+
O report que é meio chatinho de se escrever. Aliás, todos os reports que eu tive que escrever eram meio insuportáveis, porque eu tive que lidar com estatísticas e gráficos, coisas em que eu não sou exatamente boa. Mas vida que segue.

5. Biology of Parasites

Essa matéria foi um mix de parasitologia e doenças infecto-parasitárias: a gente estudou os ciclos dos bichinhos e a patogênese das doenças que eles causam no corpo humano. Então, foi até gostoso de estudar, e meio o que eu estava esperando de todo o curso de HBID quando eu saí do Brasil. A minha frustração foi somente que as doenças que eles estudaram (e me fizeram estudar) foram bem básicas... tipo malária e dengue, doenças diarreicas e esse tipo de coisa. Tipo, eles estudaram dengue como se fosse a coisa mais rara do universo (e de fato, pra eles é, né). Eu assistia a essas aulas pensando: cara, essa galera podia passar um mês estudando doenças infecciosas no Brasil, e aí sim a gente ia ter uma conversa de igual pra igual.


A prática, como eu já mencionei, foi uma viagem de campo. Eu não vou entrar em detalhes, porque eu já escrevi um post só sobre isso, e vocês podem lê-lo aqui. Resumidinho, nessa viagem de campo a gente foi pra um lugar bem no meio do nada, em uma casa enorme cheia de laboratórios e quartos, e tivemos que "botar a mão na massa" pra procurar por vermes em peixes, coelhos e ratinhos. Claro que nós tivemos que escrever um artigo sobre isso depois, com todas as estatísticas ao longo dos anos e tudo... o que me fez ter que sentar a bunda na cadeira e aprender a fazer estatísticas no excel.

Rocking the chi-squared test.


 

O legal disso foi que tendo todos os alunos juntos nessa furada situação, fez com que a aproximação com eles acontecesse de modo mais natural. Rolou até professor bêbado vindo falar com a gente sobre quando ele passou um tempo no RJ, dez anos atrás, pra estudar Doença de Chagas (amigo, se quisesse estudar Chagas era melhor ter ido pra Belém, não?).

 
Malham Fashion Week
Achei muito legal também a estrutura do lugar. Muitos quartos, laboratórios, café da manhã, lanche pro almoço, jantar, um bar no lugar, biblioteca... fora o lugar em si, que era um paraíso pra aspiras a fotógrafos. Foi bem legal! Me deu até saudade, agora, por deus do céu.

 
 
David arrasando no Giant Jenga.
Sabe, eu queria voltar no tempo e tentar curtir ainda mais a situação, ir com o coração mais aberto mesmo. Aliás, olhando assim, nesse clima lookback, eu queria ter curtido mais todas as disciplinas. Percebo hoje que, apesar de não ser exatamente o que eu estava procurando, poderia ter sido bem mais engrandecedor. Mas enfim...
Minha grande conclusão, objetivamente falando, é que HBID é sim interessante para um estudante de Medicina, mas só se for um estudante que ainda não tenha rodado em Parasito, Microbiologia, Imuno e DIP (matérias que, pelo menos eu, concluí no quarto e sexto período da faculdade).
Subjetivamente, como eu concluí ali em cima, varia muito de receptividade e disposição. Eu confesso que fui perdendo o interesse na faculdade ao longo do intercâmbio, sentindo falta de hospital, medicina e contato com pacientes. Talvez se eu tivesse permanecido de coração aberto, teria tirado muito mais proveito da situação.
Mas agora já passou, e só me resta mesmo olhar com saudosismo e gratidão.

Espero que eu tenha ajudado vocês a tomar uma decisão!

Beijos!

sábado, 27 de dezembro de 2014

Retrospectiva CSF: mês a mês com foco nos quilinhos do intercâmbio.

Oi, lhendos!

Então, hoje eu vim cá fazer uma retrospectiva mês a mês do meu ano de CSF, a aproveitar pra bater um papo sobre uma parada que assombra a cabeça de muito pré-intercambista (e intercambistas propriamente ditos também): os quilinhos do intercâmbio. 


Talvez as meninas se identifiquem mais com esse meu post que os meninos. Mas eu falo por mim, sim? Acho que o meu maior medo de ir pra Inglaterra passar um ano era o tanto que eu ia engordar. Parece fútil, mas insegurança com meu corpo é um mal que me assola desde que eu me conheço por gente. Passei por períodos magros, períodos gordos, períodos com transtorno alimentar e, finalmente, tinha chegado a um patamar de período "saudável". O prospecto de sair do meu ciclo saúde e cair de novo em um período doente era aterrorizante. Mas é claro que eu não ia desistir da viagem da minha vida por uns quilinhos futuros, né?

Mas então, respondendo a pergunta do título do post, baseado na minha experiência pessoal: os quilinhos do intercâmbio existem sim senhores. Especialmente se você tem uma tendência à gordice, que é claramente o meu caso. Imagino que os magrinhos que lutam tomando whey e malhando freneticamente pra ganhar peso acabem emagrecendo, Mas enfim, o blog é meu e eu vou falar de gordura. 

Então, por questões informativas, vou exemplificar a evolução dos quilos ganhados em imagens. Perdão se alguma das minhas fotos ofenderem os leitores queridos. Lembremos sempre que a beleza vem em todos os tamanhos! Vamos lá?

1) Pré-UK, pré-dieta


Antes de ter colocado na minha cabeça que eu queria ir pra Inglaterra, eu estava assim, com 72kg e relativamente feliz. Quando eu decidi ir, decidi também começar academia e uma alimentação mais saudável. Isso foi mais ou menos em abril (essa foto foi tirada em fevereiro de 2013).

2) Pré-UK, pós-dieta



Então no início de maio eu entrei na academia e comecei a dieta. Muito spinning e aeróbico depois, foi assim que eu fiquei em agosto de 2013: com 68kg estáveis. Digo estáveis porque eu cheguei a 65kg, mas sabe como é dieta, né? A cada kg perdido, você precisa manter por 1 mês pra estabilizar. Então os meus 65kg foram embora super rapidinho depois que eu parei de me exercitar. 

3) Primeiras semanas de UK: o emagrecimento ansioso.



Assim que eu cheguei na terra da rainha, eu tive um período de emagrecimento ansioso: eu não tinha fome, só queria saber de conhecer conhecer conhecer andar conhecer. Essa fase durou no máximo umas duas semanas, e eu dei uma emagrecida de uns 2kg nessa época. Como eu disse, foi um emagrecimento instável. Logo logo eu engordei. 

Daí em diante foi só por água abaixo. Vou postar fotos mensais aqui pra vocês, de Outubro em diante, de acordo com os pesos que eu me lembro ter tido.

Setembro 2013

Percebam que eu ainda estava ~magrinha. Atentem pros braços e a bochecha, principalmente. 

Turistando na Chinatown.
Com o Augusto, CSFer talentosíssimo que acabou de lançar o álbum Cachalote. Cliquem aqui pra verem a página dele no Facebook!
Primeira freshers party, na Tiger Tiger, com a Kezia. 
Outubro 2013

Em outubro eu já estava de 68 pra 69kg, então não é um senhor aumento né? Mas eu me lembro bem que ao final da minha daytrip pra Liverpool (vide foto), eu vi as fotos da câmera e chorei feito uma criança. Sim, chorei alto e com soluços de bebê porque eu me achei gorda. Like I said: probleminhas. Hoje em dia olhando as fotos desse dia, eu quero voltar no tempo pra me dar uns tapas na cara. Aff.
No Etihad Stadium, muito bem acompanhada, assistindo Man City vs Bayern de Munique pela Champions League.
68-69kg, em Liverpool.
Novembro 2013

Em Novembro eu fui pela primeira vez a Londres, e fiquei lá na accommodation do meu amigo Arthur, que estava na University of East of London. Me lembro bem que depois dos meus dias lá (acho que foram uns 3), eu cheguei em casa, me pesei e estava com 69kg. So far, so good.

Com o Arthur, na UEL.
No Xmas Market em Manchester <3
Dezembro 2013

Em dezembro, lá pelo natal, eu sei que já tinha chegado nos 70kg ou mais. Acho que estava entre 70 e 71, e não preciso dizer que já estava querendo morrer. 

Eu e o ex-boy no almoço de natal.
Eu (bochechuda) e melhor amigo gay na nossa night out, pra comer xuxiiiiii! 
Janeiro 2014

Foi quando eu fiz minha viagem pra Irlanda, e minha primeira Eurotrip. O que aconteceu foi que nos 15 dias de viagem que eu fiz, eu emagreci consideravelmente e fiquei toda feliz. Acho que eu cheguei nos 69kg de novo. Talvez 68. 

Assim eu estava no início da viagem em Portugal, primeiro país.
Aqui já na Espanha, um pouco mais magra. 
No Louvre!
Fevereiro 2014

Meio que me mantendo nos 70-71kg em fevereiro. 

Valentine's Day.
Cozinhando cachorro quente a la brasileira e pão de queijo pros meus machos.
Abril 2014

Abril foi quando eu fiz a minha viagem com a minha mãe e minha irmã, e aí foi só Jesus na gulodice. Viajar com família é gostoso, mas quando são 20 dias na estrada rola um estresse básico... muito McDonalds e porcariada depois, eu engordei uns bons 2 ou 3kg nessa viagem, e não consegui emagrecer depois. :( Eu culpo a Itália. Malditas pizzas e gelattos. 


Bruxelas
Veneza
Maio-Agosto 2014
Como eu disse, não consegui emagrecer. Aliás, foi só piorando. Sei que eu cheguei a 75kg entre Maio e Agosto, e bem no finalzinho tentei fazer uma dieta e voltei pra 73kg.

Bochechões em Maio, do lado de fora do teatro, esperando começar a última peça que eu assisti: Last Days of Troy, com a linda Lily Cole (que canta muito mal, por sinal).

Junho, na abertura da Copa.
Assistindo ao Jogo Brasil x Chile no Footage, em Manchester. Nessa época eu já tinha terminado (há algum tempo), e tem umas fotos ma-ra-vi-lho-sas em que eu tento seduzir um chileno gatinho (e falho miseravelmente), Mas nem a caral*a eu compartilho.
Essa eu tirei no dia em que eu fui fazer meu piercing, também em Junho, e representa bem a neura da pessoa. Eu já estava me sentindo um lixo considerável. "Take your meds. Shut up. You are not ugly nor fat."


Nessas fotos aqui eu estava me arrumando pra ir pro cinema com um gatxeeenho que eu tinha conhecido na balada. Claro que também tem história pra contar, e tem é muita (e ela envolve o cara tendo amnesia alcoolica e dormindo no cinema). Mas fato é que eu estava doente essa semana, tão doente que não conseguia me alimentar (sim, pra isso acontecer comigo eu tenho que estar DOENTE em caixa alta). Tava com uma auto-estima ótima.

Saint John's party.
Brazil x Colômbia, no Footage.
Fazendo a tat, no Manchester Emporium Tattoo <3 Beleza renascentista!
Dando um rolê em MCR, trabalhada no look de Pocahontas renascentista.
O último churrasco, quando a gordinha largou a câmera pra fazer gordice.
Mojitos?! Eu ouvi mojitos????
E foi assim que meu ano se passou, gente. As últimas fotos são as das últimas semanas, em Agosto, mas eu não consigo encontrar de jeito nenhum no meu computador. Vou procurar depois e atualizo o post, tá?

É preciso ressaltar que eu não acho um corpo gordinho feio em nenhuma hipótese. Eu luto todos os dias pela auto-aceitação, mas tendo meu histórico de distúrbios sempre foi difícil me aceitar como uma pessoa maior que a média.

O meu ano de Inglaterra foi essencial pra eu reconsturir a minha auto-estima perdida, e eu sou muito, muito grata por isso. Foi essencial também pra eu aprender a separar uma vida magra de uma vida saudável. Eu não era saudável, e isso refletiu no meu corpo. Quando eu cheguei no Brasil, a primeira medida foi retomar os meus hábitos saudáveis, muito mais que retomar o corpo que eu tinha antes (que nunca foi ~fitness~, diga-se de passagem). O que veio foi consequência. 

Saúde >>>> magreza. Todos os corpos são lindos, contanto que sejam saudáveis! 

Eu sei que esse post destoou um pouco dos objetivos do blog, mas espero que vocês tirem algum proveito dele! Em breve eu posto mais sobre as mudanças nos meus hábitos de vida pós-regresso ao Brasil, e todas as mudanças refletidas no meu corpo também!

E deixo de recomendação esse perfil do Instagram aqui, ó, que é de uma gringa anti body shaming lindíssima! 


Beijocas, galera! E um Feliz Natal, Feliz Ano Novo, Feliz Feliz Feliz!