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quinta-feira, 20 de março de 2014

#traveljournal: Republic of Ireland (days 4 and 5).

12/01/2014

Quarto (e penúltimo) dia na República da Irlanda, e a ideia era acordar bem cedinho e ir bater perna na capital, Dublin. Bom, de ir pra Dublin rolou, só não rolou de ir cedinho, porque a carne é fraca e a preguiça é grande. 
Então fomos nós! Eu e Afonso fomos pra super rodoviária de Galway, o que foi a minha despedida da cidadezinha fofa e simpática, mas não do meu host. Ele foi bater perna comigo em Dublin, weee! 

E o que a gente faz quando chega no ônibus? Selfie, claro.
Confesso que cheguei em Dublin sem planejamento, sem dinheiro, sem internet móvel, praticamente sem bateria no celular e sem glicogênio no meu fígado. E eu fico meio estressada quando tô com fome, Brasil.
A gente começou meio que sem saber onde ir, debaixo daquela chuva chata e com mochila nas costas. O dia não tava pra gente. Paramos no tal monumento no centro de Dublin que parece uma agulha gigante perdida no palheiro (que é o centro da cidade): foto.

A carinha de "não sei muito bem o que eu tô fazendo aqui, mas se essa agulha é um monumento, é melhor tirar foto pras pessoas acreditarem que eu vim pra Irlanda, né!".
E aí eu comecei a ver todos aqueles Subway's, McDonald's e outras redes de fast food, meu verme começou a chiar na minha barriga e a impaciência chegou. A ideia era achar a Shop St. e comer uma comida decente por lá, mas quem disse que comida decente tava no cardápio? Acabamos no McDonald's depois de muito bater perna, onde eu comi o Big Mac mais caro da história dos BigMac's, 7 euros!
Quando o Afonso me disse que todo mundo do CSF na Irlanda recebe alto custo eu fiquei meio bolada de início, porque, peraí, a Irlanda é um grande pasto! Mas acho que pelo teor turístico do país, é tudo bem caro. Por exemplo, comparando a Irlanda com a Inglaterra, um Big Mac aqui gira em torno de, sei lá, 5 libras? E dependendo do ônibus que você pega pra ir ao centro da cidade, você ganha uns vouchers que fazem o Big Mac com a batata média por 2.99, daí você soma o dinheiro do refri e fica uns 4 no máximo (pra meal média!). Outra: a pint de Guinness na Irlanda: 5 euros; na Inglaterra, gira em torno de uns 3 e pouquinho pounds. E considerando que a conversão entre Libra e Euro é praticamente 1 pra 1, dá pra ver o quão caras são as coisas em solo irlandês.
No Mc, com o abençoado free wifi, a gente pegou o direcionamento pra chegar ao Temple Bar, outro ponto turístico de Dublin. o Temple Bar é uma grande área, na verdade, mas o povo gosta mesmo é de tirar foto em frente ao Temple Bar Pub, que é o mais velho (ou um dos mais velhos) da Irlanda, fundado em 1840. Como eu estava viajando com o orçamento contado e não sou muito fã de bebedeira, só fiquei do lado de fora mesmo.

Só quem mora no Reino Unido/Irlanda sabe a importância de um casaco impermeável com capuz.
Do Temple Bar, a ideia era encontrar a Trinity College. Depois de uma caminhada básica, chegamos sem maiores problemas. O bom de Dublin é esse: é tudo muito pertinho e dá pra fazer tudo a pé. Tem hora que eu nem entendo porque uma cidade dessa tem transporte público, juro procês.

É, tava chovendo.
E agora era o ponto alto do dia! Depois da Trinity, tudo o que eu queria era achar a Guinness Storehouse e ser feliz (já disse que a Guinness é a minha preferida?). 
Como vocês podem ver no mapinha ali embaixo, a Guinness Storehouse é do outro lado da cidade, saindo da Trinity. E do outro lado em Dublin = meia hora a pé. Gente, economizem dinheiro de ônibus, pretty please.


Andando debaixo da chuva, pode ser que tenha demorado um pouco mais de meia hora, confesso. E depois que a primeira placa indicando a Guinness apareceu, foi só pegadinha do malandro, porque a gente ainda teve que andar um senhor pedaço. Mas chegamos. E quando chegamos, eu quase soltei uma lágrima de felicidade.

Detalhe que entre a primeira foto (quando a primeira placa apareceu) e a segunda (quando eu estava mais feliz que pinto no lixo por ter chegado), foram uns belos 15 minutos de caminhada. Mas ok. 

Gente, se vocês me perguntarem se vale a pena investir seus ricos euros em um tour por uma brewery, eu respondo: depende, ué. Guinness é minha cerveja favorita de todos os tempos, então valeu cada centavo. Mas quando eu estive em Amsterdam, por exemplo, eu não me interessei em ir pra Heineken experience, até porque eu não sou das maiores fãs de Heineken. Investir quase 20 euros nisso era impensável. 
E outra: se você não bebe, me diz PRA QUÊ você quereria ir fazer um tour pela Guinness Storehouse? Pra quê, Deus, pra quê! Não sou Deus, mas respondo o porquê: Gravity Bar. 
"Ah, mas Rayra, você não tá fazendo sentido. Pra quê eu vou querer ir pra um bar se eu não bebo?" 
De novo, eu respondo: visão panorâmica de toda a cidade! 

Qualidade porca de uma panorâmica tirada com o celular, só pra vocês terem o gostinho do Gravity Bar.
Então é, eu acho que vale a pena pagar 13 euros no ticket (ainda mais considerando que um Big Mac é 7 euros... vale muito mais a pena). E pra quem bebe: você ganha uma pint (ou meia pint se você quiser provar a extra stout como eu) e uma sample de degustação! E essa sample de degustação é a Guinness mais fresquinha que vocês vão provar na vida! Todas as samples são fermentadas em no máximo 5 dias antes da degustação. Yum, yum, yum!

Yum, yum, yum!

Pois é, só amor nesse passeio!
Da Guinness foi hora da despedida... sort of. O Afonso foi um lindo mais uma vez e me acompanhou até o Hostel onde eu ia passar a noite, o Generator Hostel (perceberam que eu coloquei a tag hostel pela primeira vez nos marcadores? Então, toda vez que eu falar de um albergue onde eu tenha me hospedado eu vou usar essa tag, que aí fica fácil pras pessoas que estão à procura de recomendação encontrarem!)
Não sei dizer se o Generator é bem localizado, porque eu só cheguei mesmo pra passar a noite e sair no outro dia de manhã pro aeroporto... e de qualquer forma, já disse que Dublin é super fácil de andar, né? Então não faz sentido ir pra um albergue pela localização. Eu sempre fico nos quartos mais baratos, e nesse hostel foi estupidamente barato (também por ser inverno, baixa estação e tals): eu paguei 7 euros na diária. Não tem café da manhã incluso, mas tem um supermercado quase em frente! Eu recomendo! (e o recepcionista era brasileiro, pra variar. Estava eu super falando em inglês com o cara, aí eu vi que o nome dele era Bruno no crachá e perguntei de onde ele era. Ele respondeu "Brazil, as well...." Ok, great! E eu possivelmente passando vergonha com meu inglês!)
Bom, o dia acabou aí. Só quis saber de comida e caminha, que é pra viajar bem no outro dia né? 

Os gastos do dia? 
¢ 10.00 ônibus de Galway pra Dublin
¢ 7.00 no Mc Donald's (ouch!)
¢ 13.00 ticket pra Guinness Storehouse
¢ 7.00 Generator Hostel
¢ 5.00 comida no supermercado
Total de ¢42.00

13/01/2014

Quinto e último dia de Irlanda foi dia de ir embora... então foi mais um dia de aeroporto. 
Tudo correu bem, o ponto do ônibus do aeroporto foi bem pertinho do hostel, etc. Não tem nem o que contar sobre esse dia. Mas tem anotação no diário! (Já falo que eu estava meio desanimada com o país, então elas não são muito animadoras). Vamos lá?

Não sei se é porque eu criei uma expectativa colossal em relação à Irlanda, mas eu acabei a viagem com gostinho de decepção (eu sempre acabo me decepcionando, impressionante).
Entre Galway e Dublin, eu acho que eu gostei mais de Galway (mas pode ser porque eu estava mais descansada). De modo geral, Irlanda é roça. Acho que as pessoas acham fenomenal porque passam 90% do tempo bêbadas. Mas valeu o passeio!
O Afonso foi um host ótimo, as pessoas que eu conheci foram todas maravilhosas! Queria ter convivido mais com irlandeses, mas é difícil quando o seu host é brasileiro (não que eu esteja reclamando).
Os Cliffs of Moher são um espetáculo à parte! Uma vista ma-ra-vi-lho-sa! Uma pena que a terra estava molhada, mas como reclamar? Eu tive um dia de sol no inverno irlandês!
Das comidas típicas, provei o famoso Irish coffee (café, whiskey e creme) e o Guinness and beef stew. Esperava mais do café (eu, como sempre, criando expectativas em excesso). O ensopado estava ok, mas o nosso brasileiríssimo prato de carne de boi com caracu é muito mais gostoso!
De modo geral, não posso reclamar. Mais um carimbo no passaporte e mais um punhado de história pra contar!
Slán leat, Ireland!

Os gastos do dia? Basicamente o ônibus para o aeroporto (¢6.00) e comidas no aeroporto, totalizando ¢12.50. No final da viagem, a soma total dos gastos foram de ¢125.10. As passagens, pra quem tem curiosidade, custaram £30.58, ida e volta (sim, baratíssimo, porque eu comprei com alguma antecedência pela Ryanair). 

Viu, gente? Tem como viajar e ser feliz com pouco dinheiro! 
E as minhas aventuras em solo irlandês terminaram! Pra quem tem interesse em ver o resto das fotos, cliquem nesse link aqui, que vocês serão redirecionados pro álbum do facebook!

See ya guys!
xxxx
Cheers, mates!

Um comentário:

  1. Olá Rayra! Estava lendo o seu blog e achei muito legal a sua experiência!
    Continuarei acompanhando a sua saga em terras inglesas! Abraços

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